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Poesias-->tudo que me resta -- 17/07/2001 - 01:01 (maria da graça ferraz) |
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Tudo que me resta,
no final das contas,
na ponta do lápis,
se é que prestam,
são meus versos...
Se teriam serventia,
ou valia, não sei,
mas dei e dou,
neste mundo com economia
do sentir e do amor
Pois sou piegas,
chata, blazé, brega
como faca cega
que não corta,
faz cócegas,
mas não se entorta.
Sou esta boba triste
que se faz alegre.
Um jogral que resiste
aos áridos corações
de vastos cenários
Saltimbanca e vadia
arrasto meus versos
desvalidos, junto
ao povo aflito que
arrasta pés.
Tudo que me resta,
foi a poesia
cheia de dor e de amor,
na luta do dia-dia.
Ah incompreendido
belchior é este
meu espírito!
Trago versos mortos
que carrego sobre
dorso, como um
camelo sedento...
Versos decapitados:
cabeça de verso é
troféu no céu.;
corpo de verso
é na terra deposto
e se decompõe aos
poucos...
Pois tudo que ainda resta
se é que presta
é a recriação!
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