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Poesias-->A Louca -- 29/03/2000 - 07:38 (Cláudio Alcântara) |
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A louca varria o mundo com sua vassoura imaginária
Desfilava, peremptória, palavras do fim do mundo
Balzaquiana, alhures, sua mente demente vagava só
Em busca do nada, do inexplicável, do inatingível
Retumbante, desgrenhada, bradava sons
Irreconhecíveis, lancinantes, desconexos
Assim era a louca: louca de dar dó
Com sua indumentária bracaleônica
Quixotesqueando pelas veredas da isanidade
Boca e olhos de pós-morte, nada lhe assemelhava
A louca era ela mesma: louca de dar dó
Não havia outra igual, somente ela, a única
Viva a louca que tinha um mundo louco somente para si |
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