Usina de Letras
Usina de Letras
29 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63548 )
Cartas ( 21357)
Contos (13309)
Cordel (10366)
Crônicas (22590)
Discursos (3250)
Ensaios - (10784)
Erótico (13603)
Frases (52027)
Humor (20213)
Infantil (5662)
Infanto Juvenil (5013)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141422)
Redação (3380)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2445)
Textos Jurídicos (1978)
Textos Religiosos/Sermões (6403)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Poesias-->Estrelas -- 01/08/2001 - 21:26 (Saulo Medeiros Aride) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Estrelas





E eis que de repente levanta-se

Olha para o céu

Coça a cabeça sob o boné.

Lá estavam as estrelas.



Estáticas, iguais desde sua infância,

Não obstante brilhantes e imponentes

e instigantes e onipresentes.

Por que não nascera ele uma estrela?

Para brilhar vivo e morto

e alegrar as noites daqueles

que só no céu encontram

o recheio de que precisam.

Como ele.(Mal sabia

que era muito mais

que qualquer estrelinha minúscula

dos misteriosos céus da madrugada).



Tira então o bonezinho

Descalça atabalhoadamente as botas

E começa assim a gargalhar.

Barulhento e tosco,

Amável e engraçado.



Cai no chão de lado

Traz os braços ao peito

Os joelhos ao abdome

Fecha os olhos

Fetal

Fatal

E lembra-se da última vez em que fora ele mesmo.



Nessa nebulosa libertadora

Nesse terremoto epifânico

ouve a grossa e rabugenta voz a lhe dizer

“Levanta José que o bar vai fechar”.



Saulo Medeiros Aride - 05/07/01.

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui