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Poesias-->Tempestade -- 29/03/2000 - 19:15 (Cláudio Alcântara) |
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Não posso mais esperar pelo teu amanhecer
Nem acreditar que virás numa nau cintilante
Minha jornada termina aqui, para sempre
Em meio a esta brisa com sabor outonal
Que não consegue levar consigo minhas angústias
Tenho de resto, milhares de pensamentos esquálidos
E um gosto de solidão espalhado em minha volta
Nada me norteia neste instante, nada
Nem a lua que clareia a noite com sua luz fria
É capaz de me trazer de volta ao leme
Estou a deriva, prestes a ir a pique
Não tenho salvação, nem pelas tuas mãos
Que agora já estão tarde, ficaram no cais
Vou singrando este oceano revoltoso
Sentido-me consumido pela tempestade que criei
Na aurora de minha tenra esperança
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