LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->CORPO -- 04/08/2001 - 14:22 (Jules Rimet Corrêa Baptista) |
|
|
| |
O corpo dela, desnudo,
à maciez da retina
pretende ser estrutura
do verso que desfaleça.
Desnudo dentro e no fora
e o que mais à sua volta.;
supõe-se a espessura
do sopro que a envolve.
O olhar, de tato, já se faz longo
diálogo de corpo e corpo
até o silêncio do basta
vier calar o falaz mouco
no súbito minuto suave.
Não que sua leveza
fosse estrépita algaravia,
excesso de montes, vales,
poema livre da clave.
Leveza, antes, exata
posto que alma vencida,
anteriormente vencida,
e sempre, e sempre vencida
pelo fluxo maior
dos vôos líquidos. Mais:
lábios líquidos, corpo,
nascente e mar unofeitos.
Não solidez de existência:
múltiplas correntezas
canalizadas no verso
de sua desnuda cadência.
Ela toda se concentra
no espírito. E, quando
suscetível de materializar-se,
bebe novamente a noite
no seu oxigênico cálice.
|
|