|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | Poesias-->Dos Sonetos de Orfeu II: 13 -- 22/08/2001 - 06:59 (Elpídio de Toledo) |  |  |  |  |  |
 | 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 .....................................................................................................................
 
 
 
 
 
 De: René Karl Wilhelm Johann Josef Maria Rilke
 
 
 
 
 
 
 
 Depois do adeus a tudo siga, como se ele ficasse atrás
 
 De ti, como o inverno, que agora mesmo se vai
 
 Pois, sob o inverno a gente fica num frio tão sem fim,
 
 Que, hibernando, teu coração sobrevive inteiro
 
 
 
 Morra sempre em Eurídice — eleve-se cantante
 
 Levite-se enaltecido de volta à puríssima fonte
 
 Desvanecendo-te, fica aqui no reino da humildade
 
 Seja um sonoro cristal que o próprio som já destroçou
 
 
 
 Seja — e saiba igualmente da condição de Não-Ser
 
 O incessante motivo da tua vibração interior
 
 Que  reafirma tudo de ti nesta única vez
 
 
 
 Ao que foi usado tanto, como surdas e mudas
 
 Reservas  de toda a natureza, as somas inefáveis
 
 Jubilando-se, conte a mais e anule o número.
 
 
 
 
 
 *****
 
 
 
 II.13
 
 
 
 Sei allem Abschied voran, als wäre er hinter
 
 dir, wie der Winter, der eben geht.
 
 Denn unter Wintern ist einer so endlos Winter,
 
 dass, überwinternd, dein Herz überhaupt übersteht.
 
 
 
 Sei immer tot in Eurydike —, singender steige,
 
 preisender steige zurück in den reinen Bezug.
 
 Hier, unter Schwindenden, sei, im Reiche der Neige,
 
 sei ein klingendes Glas, das sich im Klang schon zerschlug.
 
 
 
 
 
 Sei — und wisse zugleich des Nicht-Seins Bedingung,
 
 den unendlichen Gründ deiner innigen Schwingung,
 
 dass du sie völlig vollziehst dieses einzige Mal.
 
 
 
 
 
 Zu dem gebrauchten sowohl, wie zum dumpfen und stummen
 
 Vorrat der vollen Natur, den unsäglichen Summen,
 
 zähle dich jubelnd hinzu und vernichte die Zahl.
 
 
 
 
 | 
 |