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Poesias-->EVOLUÇÕES -- 27/08/2001 - 14:46 (Paula Ximenes) |
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Todos os dias, antes de dormir,
ela reserva um tempo que é só seu.
Um momento especial,
um encanto, um feitiço, um ritual.
Em que ela finalmente invoca,
aquela que durante o dia se escondeu
Veladas perguntas e desconexas respostas.
E ela ali tão só, tão perigosamente exposta.
Será que deve voltar? Será hora de parar de chorar?
Seus pés descalços,
num prazer nunca antes sabido
e jamais consentido, pisam a grama
molhada por uma chuva fina,
que traz mudanças e carrega lembranças
Lembranças de lugares conhecidos
mas por onde, na verdade, nunca passou,
de erros cometidos e que jamais se perdoou,
de amores perdidos, de medos vencidos.
E por fim a descoberta de que de tudo, nada ficou
Todos os dias, antes de dormir,
ela reserva um tempo que é só seu.
Um momento especial,
um encanto, um feitiço, um ritual.
Em que ela finalmente invoca,
aquela que durante o dia se escondeu
O olhar que se prende ao espelho,
a escova que se perde no cabelo,
a certeza de que há tanto para saber
e muito mais, ainda, para ser
De novo ela se olha, e dessa vez ela sorri.
Sente-se, agora, livre, bela, infinitamente...
Sente-se, agora, ela.
Ela, tão somente...
num tempo que é só seu.
Um momento especial,
um encanto, um feitiço, um ritual
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