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Poesias-->Eu, eu mesmo & Ana Carolina -- 06/09/2001 - 21:14 (Andre Torres Batista de Azevedo) |
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O amor desses amantes sublunares
(Cuja alma é só sentidos) não resiste
À ausência, que transforma em singulares
Os elementos em que ele consiste.
Mas a nós(por uma afeição tão alta,
Que nem sabemos do que seja feita,
Interassegurando o pensamento)
Mãos, olhos lábios não nos fazem falta.
As duas almas, que são uma só,
Embora eu deva ir, não sofrerão
Um rompimento, mas uma expansão,
Como ouro reduzido a aéreo pó.
Se são duas, o são igualmente
Às duas pernas do compasso:
Tua alma é a perna fixa, em aparente
Inércia, mas se move a cada passo.
Da outra, e se no centro quieta jaz,
quando se distancia aquela, essa
Se inclina atentamente e vai-lhe atrás,
E se endireita quando ela regressa.
Assim serás para mim que pareço
Como a outra perna obliquamente andar.
Tua firmeza faz-me circular,
Encontrar meu final em meu começo. |
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