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Poesias-->Monólogo do Absurdo -- 08/09/2001 - 12:17 (Rosiris Guerra Inglese) |
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Escrevendo me eternizo
mas, há momentos
que as idéias não fluem
inspiração preciso encontrar
minha mente não aceita pensamentos
precisa de algo real
só assim aceita como verdadeiro
o que quero para o mundo contar
vem em minha mente Napoleão
mas, que idéia mais besta
não quero sobre ele escrever
Hitler? Muito menos...
figuras históricas, outras mudialmente famosas
nada disso me interessa
penso em você
- em seu silêncio, te vejo como quero -
e você, querendo ou não
sempre será o meu muso inspirador
Muso inspirador? de repente achei graça ...
te faço objeto dos meus desejos
inverto os papéis
- continue assim caladinho, pois é assim que te gosto -
não que sua fala não me impressione
muito ao contrário, sua inteligência me fascina
mas, agora, é da sua figura que quero saber
esse seu jeito, objeto dos meus desejos
me enlouquece, você sabe disso
mas, finge que não sabe e fica ai parado
perdido no seu silêncio
de que tem medo?
não vou morder,nem tirar pedaço
aliás não quero nem que me toque
somente te quero assim... distante
objeto dos meus desejos
não se aproxime, silêncio... não fale...
nesses momentos, prefiro não correr o risco
de enxergando você verdadeiro
para sempre minha inspiração perder
e assim, naquela mesa, me olha
como que minh alma querendo decifrar
eu - finjo que não é comigo
você fica indeciso
eu - adoro perceber isso
de repente, no grupo uma conversa divertida
você se distrai, por um segundo pára de me observar
eu - aproveito esse segundo e me delicio, ouvindo você falar
esse jogo me fascina
saio dali e corto os céus, cavalgando em seu cavalo alado
você homem das cavernas... qual o seu planeta?
onde conseguiu esse cavalo?
na eternidade de um segundo, me vejo de volta
um copo de cerveja em suas mãos
os olhos já meio vermelhos
- a conversa animada -
meu sorriso te fascina, sei disso...
então, te deixo admirar-me
alavancar minha auto estima
- mas, não te quero, você sabe, ambos sabemos...
precisamos de nossas inspirações
momentos loucos, situações sem pé e nem cabeça
é isso que nos alimenta
só queremos nossas figuras emprestadas
nosso silêncio é a nossa concordância
sei que você escreve para mim
você sabe que eu escrevo para você
mas isso jamais confessaremos
pois é esse jogo alucinante
essa guerra de palavras
nossa melhor munição...
e assim...meus pensamentos... fazem e desfazem...
de você, o que bem entendem... não sei se são
meus pensamentos que te dão forma ou se
é você que dá forma aos meus pensamentos...
já não sei se você existe de fato ou se somente
habita minha mente para com meus neurônios
brincar...
que nome vou te dar... penso logo ABSURDO...
sim... é um bom nome, gostei. Procuro no dicionário
o seu significado:
Absurdo: contrário à razão, ao bom senso.; que fere
às regras da lógica ou às leis da razão.; uma obra de
arte absurda...
É. Realmente um ótimo nome, é assim que você é, é
assim que eu sou. É assim essa estória ... tão absurda
quanto o seu nome.
Rosiris
03/03/01
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