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Poesias-->Há Muitos Séculos -- 14/09/2001 - 01:34 (Abilio Terra Junior) |
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Só as flores do mal
atravessam os muros
deixam passagens
para as luzes
Rompem obstáculos
em peitos doloridos
atiram pedaços
de corpos unhas dentes
Liberam reservas
molham canecos de vinho
vítimas intrínsecas
compêndios em branco
Naquela urna
cor opaca secreta
no fundo do odor
mal tenso em ciúme
dos filhos em forma
Na nuvem escura
que sobe pelas esquinas
tu não crias em rituais
facas que brilham
Trazem certezas
entre borbulhar de sangues
réus eretos no alto
do monte de luz
cortam apêndices
Máscaras e carmas
ultrapassam cortes olvidos
indagam-se em escritos
choram em olhos núcleos
Cismas e danos das mentes
seios sem vida
descerram cortinas - destinos
Senos cortam dobras
pelos tempos sem trilhos
convictos olhos vazios
Quem morre segue
entre fumaça
dá mão - parceira
molda seu corpo
etéreo em flama
Tantos alvitres
berros sem ecos
pés pesados
há tantos séculos
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