E os pássaros teimam nas árvores em reverenciar a vida que é breve.
A flor já calou e à beira da estrada a casa desolada começa com o sol a se por...
Janelas se fecham,
Candeeiro ilumina o escuro, que aqui acolá, já começa a bailar.
A brisa é fria, mas a cigara, um pouco perdida a pouco parou de vibrar.
Ouve-se gemidos de crianças e a rede começa a balançar.
Mamãe canta canção de ninar.
No meio da longa estrada, caminha um vulto transeunte, saindo do anonimato, parece chegar.
Ouve-se a porta solicitando entrada.
O silêncio estatala,
Mãe abre-a tímida.
É papai!...Bradam as crias em gritos, que ecoam pelos cantos.
O velho cansado, abre os braços e no rosto sofrido desenha um imenso sorriso vivo, divide a alma, estilhaça de alegria.Todos o querem tocar.
Sua voz harmônica, seus olhos arco-íris, nem precisa de palavras, prá dizer que o coração amando, amado não cala.
Pais e filhos rolam no chão,
Desdobram-se na escuridão e imensas gargalhadas erradicam a solidão.
A mãe convencida olha, se dá por satisfeita a necessidade da alma.
Não intermedia, não há cansaço, nem escolha de lugar, tão pouco há fome que essa miséria humana,
Cotidiana incomformada, sempre roga...E endereça sem avisar.
Agora sim, a mesa está completa.
Já se pode sonhar um desses dias, ser guerreiro como o papai ou ser princesa linda, que é a mamãe.
Ao redor, com a chuva na cumieira, a festa sinfônica é dos sapos e a leitura do tempo de adormecer é do candeeiro, que sossega com os gritos e apaga simultaneamente, quando um beijo de boa noite, debruça sereno na fronte do filho a descansar.