Ah! ingrato amor. Quando faltas a alma, enlouqueces o peito e acolhe sem jeito, esse tom maroto, acústico de melâncolia... De peso que arrasta ao Sul, que agonia, desde agosto.
Me sinto no espaço de um vago silêncio, num absurdo, sem sentido de vida, quase morto de um desprezo, que não há expressão em verbos, que não é maldade desse anjo, em adornos de mel, formoso rascunho, de um artista sem nome. E que não nega diante de mim o destino de algum dia...
Mas o que será segredo no âmago de suas veredas, aval incondicional pra minha conquista.
Pelo jeito não basta os meus sentimentos, confidenciarem aos seus ouvidos,
Não basta os anos negociarem premidos suspiros...
Nessa espera, na verdade não sei o que dizer de mim.
Seria até vil julgar só a beleza, pois no amor e na vida, a essência é a única versão conhecida. Doravante tal prêmissa, me ergo na força das horas e a um passo, de uma simplória despedida, me permita dizer, que já não sou digno, nem do seu mais fútil olhar. Tão logo anoiteceu me dei por vencido, nesse vão parido de emoções veladas.
E o último suspiro, como alívio imediato do espirito, ante esse calvário, me soa na carne marcada, como ferida calada, que sangra de uma saudade profunda, de uma tristeza que já começa a meditar no soturno vazio desse quarto sem dono, que a útopia de homem, se fez inventar, sem medo de no profano, rídiculo com as mãos álvas, no chão da terra castigada, feito criança esperançosa, ainda teima em desenhar.