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Poesias-->Abracem As Flores(Elas Morreram Pela Arte) -- 23/09/2001 - 22:22 (Diogo Luiz de S. B. F. Lima) |
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É através da ótica frívola de uma bactéria
Que atento para as inusitadas ocorrências
Na vida higiênica dos púdicos
Na morte vivida no submundo
Na eterna angústia que é a luz especular do novo século
A apatia discreta dos automóveis
Ensurdecendo os carentes de amor e ar puro
As grandes depressões econômicas
A voracidade das retaliações romanas
As velhas orientais famigeradas
Desenvolvendo a fase oral na terceira idade
O mercado é vasto
O amor é livre
Por que chorar?
Matar é banal (mate-se!)
Satirizar é normal (satirize-se!)
E se o sexo pelo sexo se dignifica
E o amor desce na bolsa
O que faço aqui?
Sabe aquelas flores murchas?
Elas morreram
E deixaram a poesia
No estado caótico do mundo
Para podermos respirá-las com monóxido de carbono
Abracemos as flores!
Elas morreram pela arte...
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