O palhaço que rir sentado tem na alma o gosto azedo da dor.
Fala da sociedade,
Fala da vontade e o que tem a rir, é de si.Pois a parte que os magicos apontam desaparece sem deixar meio, mas o que nos encanta é o fim.
Mesmo sem entender direito somos capazes de passar por tudo de braços cruzados. E obedientes, só levantamos pra fazer jus ao sistema, quando de pé começamos a aplaudir a nossa miséria.
Assim vamos... Cabisbaixo, com fome ou erguendo nas mãos o terço e a bandeira dos outros, enquanto eles reforçam as suas com peso em ouro.
Não ouvem os nossos alaridos no escuro perdido,
Não versam verbos arrependidos.
Tanto faz se moro na favela do Norte ou do Sul, se as mãos do pedreiro calejam, se os olhos do filho com fome latejam ou se um pai perdeu o emprego.
A política é de grupos. Onde ganha quem mata mais a sua nação. E tanto quanto Silvério, a vendem por dinheiro, pra depois na mesma tribuna da negociata, alegar ao povo ser brasileiro.
É fácil ser estranjeiro,
Quando a pátria vendida, não tem saída, a não ser te exilar, te tratar como bandido, quando queres exercer a liberdade de uma simples autonomia, quando queres dessa vida só uma pátria perdida.