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Poesias-->Cirrose -- 24/09/2001 - 21:08 (Magda Almodóvar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Cirrose



Porque bebe tanto assim?

A embriaguez não vai tirar de você o vazio

Nem matar a saudade que tanto dói



Porque bebe tanto assim?

A dor como as mágoas

Sabe nadar e não irá se afogar



Porque bebe tanto assim?

Carência de uma família?

Ausência de autoestima?





Porque bebe tanto assim?

A noite enluarada constante

Não existe

O Céu como a vida é mutante



Porque bebe tanto assim?

A realidade é cruel?

É forma de esquecer um amor

Que não teve coragem de viver?



A vida é batalha diária

Se faz necessário talento,

Garra, determinação...

Coragem!



Viver com lucidez é mais vantajoso

Não tem um dia seguinte desastroso

Quando sóbrio o gozo é gozo

A mulher com quem acorda é aquela que escolheu



Problema, medo, dilema

Fazem parte da vida

E com a mente limpa

Encontramos solução



Será que bebe para ver-se príncipe?

Qualquer mulher princesa?

Deus! você esquece que o efeito acaba!

Que o bom dia terá espanto e nojo,

E a solução será de novo se embebedar?



Escuta, existem outras maneiras!

O torpor do pós-amor,

O delírio de beijar o corpo da mulher amada,

Perder o rumo ao ouvir amo você!



Escuta, essa fuga do real é suicídio!

É matar possibilidade de bons momentos viver!

Sei que achará a paz que deseja se der vez ao coração

Há quem o ama de verdade e quer com sobriedade

Loucuras lhe oferecer.



Porque não pára de beber álcool

E bebe sucos de amor?

Substitua a falsa princesa

Por uma mulher com a realeza

De ser comum, simples,

Qualidades e defeitos

E que sabe que você é imperfeito

Mas juntos são sonho e calor!





Vamos , acorde para a realidade!

Corroer o fígado com álcool

Vai levá-lo para onde mais teme chegar:

À solidão, à impotência,

Ao abismo de ter que sóbrio ficar

E na cama hospitalar,

Finalmente sóbrio e lúcido,

Vai ver que jogou fora

Tudo que bêbado pensou que tinha:

Amor, carinho, status, poder...

Será porém tarde demais,

Será tempo de choro e ais!





Pare agora e pondere se vale a ou não tentar

Projete o futuro certo do alcoólatra...solidão e caos

Projete a incerteza do amanhã construido com lucidez...



Eu escolho a incerteza,

Pois tenho a chance de construir beleza com néctar de amar.

Não escolho o caminho da luxúria alcoólica,

Porque o fim é conhecido e não me apraz.



Sabe do que mais?

pare de atacar seu fígado!

O que está com cirrose é seu coração.

Corroído pelo fel do desamor!





Se tem medo, me dê a mão

Seremos menos medrosos

E salvaremos o fígado e o coração!



Magda Almodóvar

15/Agosto/2001



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