LEGENDAS |
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Poesias-->Crepúsculo ocas(i)onal -- 2 -- 29/09/2001 - 14:59 (Daniel Veiga) |
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( VIII )
Reavivar a consciência mordaz
do lodo, do deserto e do grito.
Isto ou morder sereno
o sabo que o ácido deixou.
Caminharei no eco das pedras.
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( IX )
Expiro o fumo que os pulmões
incubaram em estranha dor.
Os músculos sabem a granito.
As pedras da cidade fervem
o sujo de solas gastas.
Sentadamente espero coisa
nenhuma. Os dentes, mansos,
ignoram os frutos. Fumo-me.
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( X )
As vaidades orgulhosas
esverdeiam ruídos
enquanto os odores
corroídos na mistura
insalubre da cidade
me são indiferentes.
Indi-ferem as pedras
de sol, os átomos de dor.
Rasgarei páginas obsoletas
da estagnação cinzenta
que se apoderou do poder.
Poderei diluir as vozes
da impaciência, o fogo
estúpido e morno de des-existir. |
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