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| Poesias-->na palma do rosto -- 01/10/2001 - 00:42 (maria da graça ferraz) |
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Há uma estranha geometria
nas linhas do meu rosto
Diria - Uma linguagem ígnea
Sutil estrias...Quase ilegíveis
Meu rosto amolece e derrete
Salivo. Babo. Pingo.
O trator do tempo arou
grandes sulcos na testa
para novas festas e colheitas
Choca e pachorrenta, os pés
de galinha, remexem cantos
dos olhos, para o novo ninho
À vista no espelho do toucador,
exponho meu rosto sem dor...
Os anos mudaram minha postura
e expressão...Há um orgulho
e uma soberba que admiro
sem comiseração ou tristeza
Meu rosto está mais forte
Ainda feroz. Mastigo.
Opino. Grito.Falo.
Não vou ser enterrada pela cara!
Apenas, pela voz...
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