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Poesias-->Prisma e Catarse -- 02/10/2001 - 20:14 (Marcelo Ronconi Lemes da Silva) |
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Palavras ignominiosas mentem! Por sadismo de instinto
As inspirações soturnas, escondem o amor que se desfez
São tantas as nódoas que chovem do Olimpo
Oh amigos leitores, por essa existência soez.
Se da ventura fugaz, vosso coração é fúlgido
A morte estalará, num pesadelo esfumacento
Onde a esperança é embriagada e o mau-agouro lúcido
Fazendo da virgem fibra, o principal alimento.
Pesa no dorso, toda nostalgia de bons tempos
Esquecido no gerúndio, lembrado pelo escrito falaz
Quero meu corpo na mortalha, sem ressentimentos
Porque a aflição, em vida deste poeta, foi-lhe sequaz!
Nem mesmo o lume dos belos olhos de uma senhora
Pôde em seu encanto, este maldito iludir
Derradeiro segundo, alegrou a face que chora
Por ler o que leres, e mesmo assim, me redimir!
Como é frio o rincão dos anjos! Que inanidade!
O planeta é azul! Más não reconheço suas cores
Eu lamento por não sentir volúpia na piedade...
... Ou graça, nas cortantes pétalas das flores.
Como eu julgo o fora, sou em real por dentro!
A laje paralítica onde falece o amor
E tu és a sombra que me escurece da periferia ao centro
Garantindo ao nosso cadáver, uma eternidade de palor!
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