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Poesias-->CALADA DA NOITE -- 03/10/2001 - 02:35 (Anita de Souza Coutinho) |
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CALADA DA NOITE
Tenho uns versos acumulados
perdidos por aí
ao redor, desnorteados
desertos, indiscretos
posados aqui.
Meus versos... sem brio,
Versos imensos
Sem mim, sem fim,
Rimas no cio,
Segredos de rosas,
Sementes de jasmim.
Meus versos em sexo
Nem híbridos
Sempre cálidos
Perdidos,
Sem nexo.
Tenho versos perdidos
Que me fogem das mãos
Dos dentes e língua
Por entre os dedos.;
Lânguidos,
Derretidos,
Imersos na taça vazia
De vinho seco
Pouco embriagado,
Mal consumido.
Taça de cristal seco
Vinho de seco cristal
Num copo de verso
Cheio de secos cristais
Dispersos...
Perdidos de mim.
Um copo com vinho seco
Copo quase vazio,
Quase seco,
Vazio ao redor
No seco do vinho
Meu copo-corpo, quase vazio.
Meu verso trincado
Meu olhar estilhaçado
Vôo razante,
Aterrizado
Na borda do copo seco
De vinho insano
Meu verso imerso.
Perdido por aíTal qual música inacabada
Cantarolada,
Sem pudor e sem par
Margeando a calçada,
Onde passo por ti.
Sem dizer nada:
Quebrando os versos
Da taça seca e trincada
Numa poesia calada.
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