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Poesias-->séfalas de linfa (doi)s -- 03/10/2001 - 07:06 (Daniel Veiga) |
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.I
Ser apenas este brilho
que acende uma centelha
no rosto adormecido.
Romper os contornos abrir
um sulco imenso de luz.
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.II
Uma ponte - entre sons inefáveis -
emerge das águas do ruído, sólida
e fluída: melodia atmosférica.
Caminhos livres, ventos sólidos
de os percorrer: o ar dá-se
a este leito ávido de respirar.
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.III
E uns ramos pétreos
ensombram a penumbra,
aquela sombra acesa...
Uma mancha de cicatrizes
dilui - em explosões de luz opaca -
a pureza da minha noite.
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.IV
Inspiro células de quietude
entre paredes de aconchego.
Não sei se existe o mar.
Recomecei a escrever sobre ti.
A pele acídula estremece
num corpo-quase-estátua.
A tua voz.
O grito.
A asa.
Lábios.
Este vazio.
Visito aquela praia doce.
O sal potável e fresco
diluido no suor da boca.
Aqui neste quarto mudo
a memória de ti explode.
Um rio de silênciuo corrói-me.
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