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Poesias-->[ 6.xta dimensão ] -- 04/10/2001 - 08:36 (Daniel Veiga) |
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0. (.........................)
obliquamente vertical,
a tinta avança,
retrai-se,
se na esquina do tempo
a memória irrompe
a tinta escorre
a partir do chão
avança em maré de lava
incendeia e destrói
empurra para a praia
(em fragmentos-jangada)
os destroços da intenção
1. (....testamentário.eremita....)
o eremita espreita,
vê passar a vida
em tropeços de caos,
espreita e esconde-se
(concha impermeável
e pés inúteis)
espreita ainda enquanto
a lava-tinta arrefece
um rasto de cicatriz
2. (....dimensionar.ocultar....)
o cronista
dormiu durante a tormenta
sonhou um sono
sem sonhos
bebeu fartamente
o último dia
e caiu pesado e vazio
no leito que desleixou
fica o relato em
latência
cor oca de estórias
medo ausente em vã
descoberta:
a pergunta emergente
- que morte nos acordou?
3. (....escolho.homem....)
um dedo ferve
na demência da lucidez
um dedo de um corpo feroz
um dedo de embarcação
em naufrágio ardente
um corpo flutua ou morre
na torrente de magma-vida
um corpo desespera
o nulo de um gesto
espera e desiste
assiste parado
à inflamação do dígito
o corpo derrete
a esperança e o consciente
mistura-se na
lava-tinta-magma-morte
e esteriliza a acção
septicamente desfalece
3/6. (....................)
[créd e tus]
a vida-permanente
o caranguejo-homem
o eremita e o cronista morto
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