Meninos, assaltam o vício do homem e matam, e correm, e tem vida curta.
É tudo uma questão,
Mas estamos apressados...
Dias em dias vai se perdendo o respeito.;
As leis nem se entende ou cumpre direito o trabalho.
Penso, calo, ando no meu carro,
Faço do meu jeito.
Não olhamos mais ao redor,
A noite, o dia,
Os campos,
As flores, o rio... Tudo envolto Tieté.
Rebeliões,corações,assisto na Tv.
E de braço cruzado, deitado, arranco o sorriso da tela, me apaixono por Veras, me preocupo com as novelas, deixo os livros, só discos de M.P.B e vou no mbalo do Pagode , Sertanejo,Fank e Axé.
A miséria é tanta,
O urbanismo planta na alma o amor supefulo. E a multidão caminha na solidão do tempo, na ilusão do alento, na podridão das casas.
O isolamento é social, a vida tão boa, faculta sem saber na cidade, o direito de ser anormal. Pois a República é do humano capital, e a penúria castigo letal.
São estradas,
São prédios,
Belezas fenomenais,
E senhores das línguas,
E palhaços as minguas, assistindo ao picadeiro tão belo desistir do talento.
São luzes no céu,
São luzes no escuro...
E ainda há tradições no quartel, bem como traficantes e mulheres de programa.
Curta Coca-Cola, use Forum.; o carro, é o Gol, a Água Nacional, é a cerveja.; pôr na mesa, são Terezas, pois sóvale se essa certeza for num quarto de motel.
Mas os rumos estão mudando.; o cidadão pacato, as vezes mulato, as vezes mulata, quando não é improbo beberão, tem a curtina de vidro e vive de arrastão.
Esse é o cidadão. Deixa os três poderes a vontade, reclama só na opinião, esculhambado, pega ônibus, carro ou qualquer condução.
Sai de casa sem pão e vê no jornal da banca o presidente do senado, doutor da situação.
É muita urbanicidade na prisão. Mas é guerreiro esse filho de ladrão, que com certeza será como o pai, jogador ou cantor pra sair dessa favela, horrenda situação.