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Poesias-->elegia -- 05/10/2001 - 23:11 (maria da graça ferraz) |
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Elegia
mdagraça ferraz
Não justifico
As réplicas e as tréplicas
O ultimato e o atestado
O teor do discurso
O jarmegão. A assinatura
Justifico o indeclarável,
o que pressinto às escuras
Não explico
A balda que ferra e ferroa
A potoca, paiola e pachola
A armadilha à minha porta
Chorumelas e pinóias
A fobia de todas as espécies
Explico o inexistente
O que pressinto à pele
Não condeno
O penitente e o renitente
A lambição. O fujão.
O abjurado e o abjeto
Qualquer tipo de objeto
Qualquer tipo de gente
Condeno o esquecido
O que já não sinto
Não invalido
A sociedade e a saciedade
Os dito e mal-ditos de
cada um de nossos dias
Os mal-entendidos
O pigmeu. O catatau. O bufão
O bonifrate. O camaleão.
Invalido o inatingível
O que já não sonho
Não impeço
O circo.A chanchada. A farsa
O descuido e o descaso.
A negativa. O absurdo.
A estupidez. O definitivo.
Impeço as dores minhas
O que já não é fácil!
Confesso
Vivi sem justificativa,
sem explicações, sem culpas,
sem invalidez, sem proibições...
Fiz do tudo nada um muito pouco:
Médica. Poeta. Professora por opção
Sonhadora no sufoco!
Porra louca por vocação
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