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Poesias-->VIDA DE CÃO -- 09/10/2001 - 02:06 (Carlinhos Pink) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
explode a gota em cima do muro

o mundo assiste inquieto à ressurreição do nada

e aplaude e vaia e aplaude e vaia e vaia e aplaude

explode o choro distorcido do homem morto

a mulher descansa cansada o monstro

os carneiros berram

os cachorros latem

porcos comandam porcos

os vermes comem a mente da gente

por que o porquinho não volta pra casa?

e ele ri dinheiro estampado nos lábios

e ele suja e gosta o seu corpo com a merda da vida

que ele cria e ele procria

mamãe falou pra você não andar com essa gente!

gente, como ele é feio!

é lindo, imundo

imundo lindo, diz o porco

acabou o filme

por que?

a realidade é pior

não fala não fala não fala não fala não fala não fala

deixa eu sonhar

explode a gota, o poeta repete

cadê o muro que tava aqui?

o porco comeu

não, o gato comeu

o gato sou eu sou o gato

e nós somos os ratos

buzinam altos e magros e gordos e baixos e brancos

e pobres e ricos e mulatos

olha pai, compra pra mim!

buzinam

azucrinam

fascinam

água quente que toca a pele e o gelo derrete o gelo

mas não estamos no verão?!

que confusão!

quanto custa?

comunista, capitalista

pára

chega

ista

sou poetista e constista e artista e letrista e humanista

ista ista ista ista ista ista ista ista ista ista ista ista ista

já não sei o que sou e esqueci a poesia

a poesia e o muro existem

somos nós

o próprio deles e os de ninguém

alguém

e deixaram a gota cair a gota

uns e outros mataram e morreram

é a vida, viva, muda

e o avião passou e deixou lembranças

jogou duas bombas

explodem até hoje explodem

mas tu não és pacifista?!

e também guerrilheiro guerreiro revolucionário da paz

a ressurreição está acabando

aplaudam, vaias não, por favor

um espetáculo

os homens se abraçam, se beijam, se amam

e o computador dirige a cena final

apertando o botão da morte
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