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Poesias-->Todas os dias de Setembro -- 09/10/2001 - 03:47 ( Andre Luis Aquino) |
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Nas manhãs de setembro
Pessoas são personagens da própria vida
Tendo como platéia dias velozes
Mensageiros da morte
Que paira no ar
No rosto de mendigos ferozes
Ou na melodia de um pássaro
A cantar
Em todas manhãs de Setembro
Quando o sol começa a brilhar
E enxuga as lágrimas da noite
Os pastores adoram a Deus
Enquanto muitos estão dormindo
Tantos já estão a trabalhar
As ondas no mar
Já estão a quebrar
No céu de setembro
As nuvens parecem querer escrever
Algo sobre o amor sublime
Que transcende as barreiras
Do tempo e do espaço
Nos olhos de Setembro
As horas vão sumindo
Engolido por dias
Nos olhos de Setembro
Pode-se ver o nascer
De uma dor que vem devagarzinho
E vem vindo até doer
Em agosto,julho,junho e maio
Nas bocas de Setembro
Há um gosto de morango
Há um cheiro de chuva
Em todas coisas de setembro
Já há muito de outubro
Nas ondas de setembro
O mar parece querer
Ser feliz sem botar nada a perder
Nas batidas do meu coração
Em setembro
Eu sinto que algo
Está acontecendo agora
E estará em sempre em constante
Transformação
Só para tentar provar
Que eu ainda serei feliz
Mesmo que seja
Bem além de setembro
Na eternidade de Setembro
Já não há lugar para saudade
De coisas que ficaram nos outros meses
Porque em setembro
Muita coisa acontece
E muitas das coisas que escrevo
Sempre tenho a impressão
Que já foi escrito por alguém
Ou li em algum lugar
Meu relógio continua invertido
Nas horas vagas
Minhas esperanças continuam
A esperar
A natureza do meu destino
Continua a conspirar pelo universo
E os meus gritos de socorro
Já encontram eco
Nas paredes de setembro
André 20/setembro 1996
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