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Poesias-->... e um dia acordamos -- 13/10/2001 - 01:04 (Eduardo Santana Júnior) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A naturalidade como são encaradas as atitudes

Em nossa evoluída civilização

Fazem-nos crer que somos realmente donos de si

A mentira se propaga em velocidade alarmante

Vindo até nós pelas delícias do patente progresso

Há muito o homem se perdeu em labirintos cognitivos

E a fênix ainda repousa desapontando os deuses cibernéticos

Uma vez roubado o fogo sagrado

Prometeu espalhou a desgraça entre o céu e a terra

Condenando o destino infalível dos homens

Predestinando-os a dominar outros

Nada se fez para que os rumos tomados neste caminho

Obtivesse um fracasso merecido de atemão em seus propósitos

O que fazer para mudar tal situção?

Ação? Emoção? Solidão?

Eis a questão!

Nunca é tarde até o amanhecer

Mas quando estamos cegos

É mais difícil pereber os adjetivos que nos fazem sonhar

É verdade que sempre construímos muros que se perdem nas nuvens

Quando de fato nossos anseios estavam escondidos no horizonte

No interior onde aflora o latente revelando-nos a si próprio

Assim como um deserto para um asceta

Às vezes fala-se que devemos ser honestos e gentis

Mas o tempo faz com que nosso sentimento esfacele-se

Ante os olhos caídos de vidas inóspitas que pedem ajuda

Sempre que pensamos estar fazendo boas ações

De tempo em tempo as coisas mudam e somos arrastados

Em ondas quase sempre querendo quebrar antes da praia

A vida é assim trilhada por quilômetros de tropeços

Onde muitas pessoas caem e abaixam a cabeça

Vá, deite em teu leito e durma tranquilo

Permita-se sonhar

Ainda que a luta seja feita de fel

Para nos deliciarmos com a doce ilusão
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