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| Poesias-->dourada sereia -- 14/10/2001 - 02:08 (maria da graça ferraz) |
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Espreguiço corpo
que nem sereia
no caniço...
A carne estica
Dilata as veias
Alongam-se dedos
Fico elástica-
macia, frouxa-
na doce ginástica
da carretilha
Depois do amor,
mergulho inquieta,
para debaixo do cobertor
Guelras abertas,
engano o pescador,
puxo o travesseiro,
como a dorsal nadadeira
e vou sonhar perdida
com meu marinheiro
em algum porto esquecido...
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