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Poesias-->Próprio Amor -- 14/10/2001 - 03:44 (Israel Lima) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tenho visto em mim,

Sei que não posso negar, há um nome

Para este estranho sentimento:

Sei que fui barro de um oleiro,

Tela de um pintor, água ou o

Próprio amor.



Fui talvez, tudo que há de mais

sagrado,

Fui água, catedral, rima e

Verso,

Fui talvez, descrito por

Neruda, ou quem sabe pelo

Próprio Carlos Drummond de Andrade...



Fui a flor do Saara escaldante,

Deram as minhas mãos

Algemas e não deram pão...



Não fui a lágrima em Israel,

Nem as armas do Vietnã,

Nem sentimento, nem dor,

O próprio amor...



***



israellima7.4@bol.com.br
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