Te amar será nascer matando o meu povo de miséria,
De uma miséria descomunal...Capital.
Na verdade não sou verdadeiro!
Não sou que devia ser,nãosou teu!
Sou escuro, sou muro nessa estrada que traçei.
O que trouxe aqui foi o teu brilho.;
Essa luz na história, essa sina.
Beijo a tua boca, ouço o teu gozo...Gostoso demais.; que falta-lhe ar, que pulsa, que sua.
A tua pele já aderi à minha negra, pois já não há diferença na sombra da penumbra. E o carinho que aprendi de ti, já é humanidade. Há quem diga de mim por nós e de ti por mim.
Mas tu já me enxerga passageiro... Já me ver chegar, já sente a minha falta. E quando sentes esfriar me procuras e te entregas de olhos bem fechados, que nem sei mais de mim.
Na verdade, sou do norte... Sou o teu mistério.
Sou a crise, egoísta, mas se reparares, não sou nada. Talvez pão,sem água nesse deserto de verdades, que aos poucos consome mentiras e constrói castelos sólidos.
Meu amor, o nosso mundo a gente tenta construir sem se arranhar, morrer ou até matar. Decidir quem vai ou quem fica, pra quem sabe começar a amar. E eu, ainda estou em lugar algum. Rindo ou chorando, embora me vejas com os olhos na direção da lua.