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Poesias-->enlou(ri)quecer -- 20/10/2001 - 12:21 (Daniel Veiga) |
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ali ou a nado
afogo a miséria
breve da consciência
ali a nado
percorro a realidade
envolvido e perdido
consciente do caminho
e da perdição...
percorro a memória
por inventar...
peço licença à corrente humana
que me atravessa, oblíqua, sentido
obscuro de fazer dinheiro, abstração
pura dos que se querem vivos...
morto ainda, fénix abortada, morto
remexo nos destroços de mim...
percorro, recorro, percorro as raízes
que rompi quendo parti, rompo ainda
os ramos que se entrelaçam na corrente
espessa do in(humano), insano vou
por onde não há caminho, recorro
e percorro, em frente a luz ou a treva...
que me importa chegar, as feridas nos pés
já cauterizaram há clepsidras de dor,
caminho ainda, solas naturais de descoberta,
nú ou vestidamente árvore de raízes diluídas...
a estátua de mim
torna-se sal obstinado...
membros de sede ruinosa,
cabeça de animal celebrante,
ritos de magia visceral,
gritos e silêncios
desconhecidos, gritos avançam
da destruição do vazio,
constroem estátuas dementes,
destroem e vomitam fénix s
constroem e debitam seres obscuros,
não-seres de gritante alegria,
demência e lentidão de prazer...
a estátua procura os mares interiores,
deixa-se diluir em si própria
e continua, de mente ali a nad... |
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