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Poesias-->MISCELÂNEA -- 21/10/2001 - 07:30 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Anotações, variações, canções, problemática.;

chuveiro, sineiro, serralheiro, canastra.;

vagabundo, vira-mundo, Dorismundo, pobreza.;

miséria, jogo, dificuldade, falta.



Se tivera que fazer um sermão

rechonchudo, barrigudo, eu então

não faria, não,

porque a miséria, que grassa nojenta, por todos os lados,

não tem compleição, nem rigidez, por parte de mim,

que temo e imploro perdão para os meus que são infelizes,

o mal que não fiz, a dor que sofri, o bem que deixei.

Se espero, não alcanço.; se procuro, não acho.; se olho, não vejo.

Se a morte me diz que é imortal aquele que morre,

o que deverei, tentando mentir, chorando fazer?

A vida é comprida, o sentido é um bem, a morte, bem-vinda.

Sou velho e cansado, meus filhos me amam

e já estou terrivelmente longe,

afastado do bem

e do mal

e da vida.

Se quero, não posso.

Se tenho, não dou.

Sou mau em mim mesmo,

religiosamente descrente,

desequilibrado mentalmente,

desajustado,

nublado,

forçosamente homem

e homem que teme a Deus,

a Deus que não sei se existe.

Antero era crente e disse que só faltava saber se Deus existe.

E por que não deveria existir?

Não existe porque não o sensualizo.; não existe porque a verdade terá de ser adivinhada.

Se estudo, não presto,

trabalho e não ganho,

tarado mental.

O problema do valor dos absolutos premeu meu cérebro na existência vindoura,

mas eu não liguei no futuro.

Agora que aqui estou,

penso por que não aproveitei o futuro para saber o que é o Absoluto?

Não soube ver o dia de amanhã e hoje me lamento.

Talvez ontem eu venha a querer saber e não poderei.

Ontem será um dia que nunca virá.; amanhã, um dia que já passou.; hoje — a eternidade microfilmada.



31.10.57.





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