Cansar meus pés e mãos, entre suor e terra, pra construir essa nação.
Ensinar a meus filhos
A plantar,
Vê-los crescer numa escola, com uma boa educação.
Pro futuro dos meus netos não repetir a dor dessa geração.
Garantindo a soberania e a organização, que a independência ou morte, deixou nos escombros da história, ainda como versão.
É um sonho, quem sabe uma invenção de criança, mas é de criança que precisa essa casa. Pois apesar dessa constituição o que temos conquistado? O direito de nascer quando morrer já está marcado.
Passamos pela vida sem dar recado.Passamos pela vida já cansados.
O pobre vai ser pobre,
O rico vai ser rico.
Como podemos viver se criamos os desiguais?
Eu só queria um pedaço de chão.;
Unir as mãos dos filhos, responsabilizá-los pela nação, pra multiplicar o pão e ofertar a quem tem fome.
Pra fortalecer...Nunca mais ouvir ou vêr alguém morrer com a miséria do homem.
E então, unidos aumentar a tribo, plantar mais trigo nessa imensidão de abrigo.
É até pecado morrer de miséria e sem irmão.
Eu só queria ver a vida florescer...
Eu só queria ver a vida florescer nesse braseiro, terreiro.; nesse rincão de barracos, favelas e palafitas.
Deixem o poder ao político,
Deixem o político praticar sua ação,
Deixem os pés no chão.;
Deixem as armas e apertem as mãos calejadas.
Vejam a verdadeira história desse povo traçada no rosto sofrido. Desse povo que ama sua pátria e morre de fome enterrando todo santo dia, um pouco de sua alegria, de seus sonhos, fantasias, até que um dia. Já amargos e entristecidamente decepcionados, enterram também seus filhos, que morrem de um surto, chamado desigualdade social.