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| Poesias-->CORDA DE VIOLA -- 22/10/2001 - 23:46 (Paulo Sérgio Rosseto) |
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Menina dona da paixão, traz esse dia até aqui
Dele a gente separa um momento
Para deitar debaixo do jequitibá frondoso
Descansar da razão e sonhar.
Ficarmos contentes com nosso instante
Observando o sol morder a montanha.
Sem fuga, ao frescor da sombra.
E se houver violão a gente toca também
E espalha os versos na relva, vendo o tempo voar.
Bom é provar do teu beijo, senhora
Dedilhar acordes enquanto ressonas quieta
Ao meu lado, apegada ao meu colo..
Ah se a ousada formiga subir por teus pés!
Ah se a abelha zumbir nos ouvidos teus!
Ah se uma nuvem audaz cobrir o teu sol!
Ah se uma folha seca sequer estalar teu sonho!
O aço do teu brilho é corda de viola
Encanta a minha vida, afina um acorde.
Tiro meu chapéu cinza de largas abas
Recolho nele flores rasteiras e te enfeito, camponesa.
Deleito vendo em teus lábios, num sorriso,
Cheiroso fruto que mordo e aprecio.
Levito em tuas retinas, me vence a voz
Desgarro da imensidão, mergulho na toada.
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