|     
				| LEGENDAS |  | ( 
					 * )- 
					Texto com Registro de Direito Autoral ) |  | ( 
					 ! )- 
					Texto com Comentários |      |   | 
	|
 | Poesias-->EM REPOUSO -- 22/10/2001 - 23:52 (Paulo Sérgio Rosseto) |  |  |  |  |  |
 | Deita comigo na praia, faço um lençol de areia 
 Roça tua macia escama, coça meu ombro
 
 Sereia absorta vinda do Atlântico
 
 Enfeitada do grito dos mistérios do escuro
 
 Teu corpo esguio é a suprema sorte
 
 Deste homem que pra respirar de ti precisa.
 
 Esta fantasia me ensina ser deus
 
 Mas se comigo deitas, ser teu mar me basta.
 
 
 
 Agiganta meus pés para que alcance os teus passos
 
 Nada solícita em meu aquário, inspirada
 
 Criatura, sofro tanto de paixão!
 
 Igual a ti cruzei os mares, te desnudo agora
 
 Dou-te minhas virtudes e a dormência dos olhos meus
 
 Mas repousa nesta cama de grãos, serena
 
 A maresia há de nos batizar intermitente
 
 Faz o que me aquece, na ilusão do segundo.
 
 
 
 Jorra tua fonte constante, tua água de sal
 
 Lágrimas de alegria, pingos de saboroso orvalho
 
 Teu sabor é das profundezas, sacra criatura
 
 Igual ao teu gosto, somente as uvas do outono
 
 Que embriagam trovadores nas distantes tabernas.
 
 As pétalas de teus seios clamam que te ache
 
 Fecho os olhos, cego tateio, sei de cor
 
 Explorar o terreno, te fazer amor.
 
 
 
 Interrogo maluco buscando o motivo
 
 Que me prende à poesia cada segundo
 
 Enquanto o mundo rola estúpido poeta
 
 Passo oblíquo peneirando as letras
 
 A cantar-te em meus tontos poemas.
 
 ‘É porque temos ânsia, ardemos calados
 
 afoitos, meninos, enciumados. O tempo se esvai!’
 
 
 | 
 |