Envolto de teu hálito, olhando os teus olhos e sentindo o teu cheiro cabocla, sinto a minha cabeça me trair.
O peito fogoso, roga a consciência uma certa loucura de atitudes.; a alma um certo desespero de desejo e ao corpo o delírio e a tortura de não poder, se quer tocá-la.
Verbando da boca mentiras, prá sufocar o carinho que realmente... Só ao silêncio se confidencia, quando em lágrimas, quando em algo preso na garganta, que no decorrer da noite ou do dia se tem que acostumar sem dizer nada a ninguém.
Não és tu a mulher do meu sonho?
Mas não és tu a mulher companheira... A pouco traiçoeira?
Apenas sinto de ti o trepidar dos teus lábios quando em minha presença, quando tuas mãos serenas, marotas,morenas tocam-me por acaso, ou no caso, o meu fustigado rosto.
Por quanto queria alcançar-te no espaço e dizer-te além de tudo que já disse, o quanto me fazes pesar a razão, o quanto o alento de nossos encontros de olhos furtivos e prenios de sentimentos, me recatam a saudade, a vontade e a insanidade de aditar ao teu colo um simples momento, prá uns pecados, pra nós o inicio de uma liberdade, de uma viagem que sai do anonimato pra, uma vez dar o seu ultimato, a toda uma vida que quer viver.