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| Poesias-->Escadaria -- 27/10/2001 - 20:25 (KaKá Ueno) |
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" Escadaria"
Estou aqui em busca de um amor,
De alguém que como eu, queira ser feliz...
Estou cansada de esperar por alguém,
que de mim afastou-se, e sei que não irá voltar...
Larguei-me, esperei durante dias, meses.
Agora o tempo se arrasta, e não vejo nada de novo...
Sinto que ainda me desejas, esperançosa ainda te quero.
Para que dormir pensando em mim se me tens?
Vem, faz como você fazia das outras vezes...
Se joga em meus braços e deixa que eu te faça feliz...
Deita aqui como antes, quero novamente acarinha teu rosto...
Beijar tua testa e com leveza acariciar tuas sobrancelhas,
Deixa teu corpo aquecido ao meu,
sente como eu te desejo e seguro estarás perto de mim..
Para que perder tempo, vem viver, este momentos...
Deixa de tolice, viva tudo agora, eu posso oferecer...
Para que se negar, porque resistir?
Devias está alimentando tua alma com meus carinhos...
Só tens a ganhar, noites sendo amado,
eu quero entregar-me...
Doar tudo que há em mim...
Ver só, estas ouvindo? Meu coração chama por ti...
Larga tudo isso que de nada te servirá,
para que viver com quem só irá te cobrar...
Eu não quero que o mundo, nem ninguém nos atrapalhe...
Neste instante, eu só quero pensar que estás aqui...
Tua resistência só alimenta minha esperança...
Você e eu, sabemos que nascemos um para o outro.
Houve um desencontro sim!
Mas, nenhum um de nós é culpado desta distancia de tempo...
Agora estamos aqui, um tão perto do outro...
Eu sei que não vou te esquecer...
Deve ter havido algo de mim,
em você, que não esqueceste...
Serei em teus sonhos a calma para tua esperança...
O aconchego dos momentos serenos e sublime...
Às horas de teu descanso no momento em que,
estarei sobre tuas lembranças,
todas às noites estarei, em ti...
Sou sua, serei tua, dia e noite, noite e dia...
Queres que eu morra por ti?
Eu morrerei!
Queres que desapareça para tua felicidade?
Eu sumirei!
Queres que renasça para tua sobrevida?
Eu nascerei!
Queres que seja outra pessoa...
Eu serei!
Queres que eu caminhe sobre às nuvens...
Eu andarei!
Em fim, farei o que jamais alguém faria para ser sua.
Depois de tudo, se não voltares,
dormirei ao relento...
Nas escadarias do gueto, lá ninguém me reconhecerá...
Um dia alguém passará, com desdenho apontará aquela...
O irresistível amor jogou-a, na sarjeta...
No beco da desilusão...
Alguém olhará aquele ser conivente,
com o nada do tempo só seus trapos,
está gente nem perceberá aquele farrapo...
Aquele ser que nem dó transmite,
e sobre sua veste miserável jogaram um níquel...
Um corpo apenas!
Só um corpo!
Nada mais que um corpo!
KaKá Ueno.
23 10 01.
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