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Poesias-->Surreal -- 31/10/2001 - 12:55 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Tanta gente,

tanta gente meu Deus!

É a fé, É a fé... Que fé?!

Que fé é essa? Que Deus é esse?

Tem gente com fome, tem gente com fome...

Tem gente morrendo.;

Tem gente morrendo nas mesmas esquinas.

Eu, você, nós olhamos pra eles... E eles miséram a fome.

Doutro lado, senhoras e senhores! Idosos se empurram querendo tocar nas flores,nas flores... Lindas flores.

Enquanto há filhos e filhas bebendo nas calçada.;

Há um sol escaldante sobre a massa popular calada. É um trem, uma corda imensa, onde todos sangram as mãos, se pisam e pedem água, feitos almas penadas.

Vestem a melhor coisa e em centenas ajoelham-se no asfalto e pedem graças a imagem enfeitada, que o carpinteiro, o violeiro ou o escultor desenhou. E bradam em furor, chamam de mãe a imagem do escultor, e chama de mãe a imagem que o carpinteiro criou.

Do alto do carro de bombeiro, alguém excita o povo, e pede pela paz e pelo amor...

Noutra cidade,em plena agonia alguém lança-se contra o andor, beija, brada e sai satisfeita.Ao redor faixas e cartazes pedem pra imagem, pedem pra imagem... Um pouco de luz, nessa imensa escuridão que se faz.

Pobres e ricos confraternizam em praças e bares desiguais,a vida é a mesma, mas a elegância é aldaz. Gastam tudo que economizam...Pato no tucupi, maniçoba, vatapá, tacacá.; Belém do Pará, Macapá do Amapá ou em qualquer Arraiar. Após o vendaval, alguns, como no carnaval, choram e continuam com os pés descalços e a barriga vazia. E a sociedade continua saindo de fininho, como se a sua luz fosse divinamente divinal e o povo um inferno normal.

O que é isso meu filho?

O que é isso senhora? Turistas em várias línguas perguntam querendo não ficar do lado de fora.

Afastam-se da voz sorrateira do mendigo,

Do menino perdido, da prostituta orfegada, da mãe abandonada, de tantos outros porões,que sofrem sob dor e tensão latente, que diz é o círio meu irmão.

Mas as pedras caem-lhes a face sem perdão.
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