Mulher não posso sentir-te e te sonhar, deixaria-me ser um farsante.
Se queres ser minha musa, vem ao meu leito, feche os olhos, folgue os cabelos e em meu peito deite a cabeça.
Ouça do silêncio o momento, em o som.; deixe que eu possa ser do teu corpo a roupa a aquecer-te o frio do mundo dessa estrada.
E quando os teu olhos aos meus forem iguais, verás a noite sair de sua selva, perceberás a luz que no horizonte azul escuro nascerá, serás na vida tantas vidas como raízes da flor à beira mar.
Serei aí, além de homem.
E de um simples beijo, hei de saber ou te dar a verdade dos meus atos, de cada palavra usada no dia...
A partir dai não serás apenas a musa, mas a poesia viva das horas, que na rua, no tempo, dentro de mim, forjarei a te ofertar ou terei pra lembrar.
É o tempo é ingrato, bem sei que já estou no porto e essa tarde serena,que vai saindo devagar pelos cantos dos olhos de cada emoção, veio pra ficar na carne de mais essa ilusão.