Mas ali sempre esteve inexoravel como uma flor singela ante ao inverno, ante o mais horrendo calor.
Estava ali a quem precisava de amor~. É certo não saber dizer coisas bonitas, mas sabia extrair das coisas sofridas, da pedra bruta coisas benditas.
É o mito da guerreira que minha mãe em si desenhou. Na lida, desde do interior, morria de dia, morria de noite, se não vencia, jamais se entregou. Pois pra dar aos filhos tudo o que sempre honrou.
Sempre quis cantar uma canção e como criança, pai, levei meus filhos ao teu colo repousar. A sentir a força que em teu calor envolvia.
Agora lembro... Ao cair da tarde os teus cabelos álvos, em algodão da mata e os teus lábios fartos, em rosa meio Guará, nas margens de Belém despousando as águas do Guamá pra lavar fraldas, pra enxugar lágrimas... Pra vender tacacá e nos deixar criados e com saudades ficar.
Homenagem póstumas a aquela que foi uma guerreira...Mãe, Pai, avó e tia companheira... Tia Nazaré.