LEGENDAS |
(
* )-
Texto com Registro de Direito Autoral ) |
(
! )-
Texto com Comentários |
| |
|
Poesias-->Marajó -- 10/11/2001 - 16:38 ( Alberto Amoêdo) |
|
|
| |
Fim de tarde Diamantina a sombra do jacarandá, a beira do igarapé...
Lírios vermelhos, água pé.;
Japiim, Tucunaré adormecidos despertam da brisa mansa.
Vem onda que vem.;
Vem onda que vai.
Acorda Jacumã da montaria cabocla.;
Que desce o Paraná atrás do Jacundá.
Buççu, olho de boto, mururé em ciranda na água escura de andiroba, nos pés do trapiche de cedro jacente, embalando os barcos pá lá e pra cá.
É lua nascendo.;
É a flor da Vitória-Régia se abrindo, é a valsa terminando.
É o candeeiro ladainhando, a rede embalando e o pescador pai, chegando da madrugada.
É o boto lá fora e o bezerro aqui dentro. É a garça cinzenta e a revoada nascendo, em gritos da noite passada, em pedaços de um novo dia.
|
|