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Poesias-->Vida -- 13/11/2001 - 01:23 (Carlos Santos Lacerda) |
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Mais um ano
Se passou ao passado
Inaugura o futuro
Reconsiderações, alarmes, sentidos
Tudo passa
Nada fica
Sentimentos extraviados
Mais uma vida.
Mas estou feliz
Anos de glórias e vidas
Anos de tumultos e mortes
Anos de adeus
Anos de um ser humano.
Essa noite foi longa
Se o que antecede é um inferno astral
Eu não sei
Mas o que continua é emoção
Assim foi e assim será
Sempre
Até que o amanhã não chegue mais.
A vida cresce junto comigo
Se os centímetros se limitam
Minha cabeça nunca
E nela o crescimento é ininterrupto
Nela me baseio e vivo.
As horas foram passando
Os raios chegando
A luz clareando
Eu realmente senti cada segundo da escuridão
E cada sentido da luz.
Foi assim
Assim eu cheguei para além do mar
Assim a vida se expandiu
Ela cresce
Ela se transforma
Ela é a vida
Vida de um ser
Ser de uma vida
Ser de mim mesmo.
Se tudo em cada coisa
Sentis de forma única
Serás sempre inédito
Serás sempre fantástico
A monotonia não existe para quem a não conhece
Esta é tardia.
A música da aurora me envolve
A luz me ilumina
O impensável é real
O negado é palpável
O utópico é presente.
O primeiro começo
O primeiro drama
O primeiro sonho
O primeiro amor
O primeiro nada
O primeiro tudo
O primeiro ano
O primeiro fim
Tudo tão distante
Cada vez mais.
Mas assim sinto-me feliz
Estou bem
Vivo
Incompleto, mas a caminho
E se no dia de minha morte alguém chorar
Chorarei também
Mas o choro será de despedida
E não de saudades
Vivi o que pude
E então
O que não poderei viver ainda?
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