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Poesias-->Prosa com flores -- 13/11/2001 - 15:05 (menina pontilhada) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Flores, o que vês?

Vejo uma gota d água derramando-se em mim,

salgada como o mar e triste como o fim.

Vejo todas a glórias conquistadas,

as batalhas sangrentas dum dia enfrentadas.

Mas é plausível dizer que vejo

Uma ácida escuma a envolver-te em doentio beijo.



Flores, o que sentes?

Sinto o amargo sabor de um dia

Que corroeu uma escritura lida

Antes do tempo, ou quem sabe no tempo certo

Num livro velho, com folhas amarelada e roídas po traças.

Sinto a morte, após o júbilo trazido pela certeza

a qual se fez rainha num templo de lúgubre frieza.



Flores...o que ouves?

Ouço o som noturno

que vem de um ranger doído

De um coração sombrio

Que cantarola em descompasso

Com a melodia saída de um piano soturno.



E...diga-me..quem está aqui?

Abaixo de todos os pesares

Comprimida numa lápide gelada

És tu que chora durante sete noites

Que pela morte real vorazmente procura.

A quem ladaínhas o coral anuncia

Uma visita ao estágio mais sub-terrâneo

Negro e sujo...

Vejo a pureza, a dor e a estranha alegria

Que contigo acorda todos os dias.



E então, estou a corroír-me cá nesta cova

Sempre, de onde ninguém jamais poderá me tirar

Pois jamais terei o que almejo

Uma asa cortada nunca será substituída por um pedaço de pão

Nem por uma taça de vinho.

Flores, clamem minha oração

Com a alegria que tive então,

Antes de deplorávelmente entregar-me

à condição de prosrita

Pois o universo conta cada dia do ano

cada lágrima caída

E apoia a dor

Quando ela se faz justa e dita.





Recife,2001



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