A noite tudo acontece, enquanto a gente finge descansar...
A gasolina sobe de preço, quando se pensa em pensar.
Duas ou três semanas outro aumento. Agora o preço do café.; ali o preço do leite, acola o preço do açucar.
Onde vamos parar?
É a luz.;
É a água.;
É o charque.;
O Feijão, o arroz e a farinha.
Meu Deus há goteiras no telhado!
Minha Nossa Senhora não podemos comprar esses sapatos!
Olhe o preço dos remédios, das passagens dos ônibus.; veja o preço da carne, do frango e do peixe!
Onde nós vamos parar!
Meu filho não chora!
Meu amor me consola! Emprego que é bom, a cada dia está mais difícil de encontrar.Se n ão tiver quem indique, ´jamais filho de pobre vai trabalhar.
Haja coração!
Já vem eleição.; é João.; é Maria e José... A cidade fica toda suja. todos querem a prefeitura, mas n ão querem saber da vidadura.
No pleito falam, falam em tudo. Eleitos, em meses, estão calados.; mandam dizer que a situação vão estudar.
Pelas rua em carros fechados e fortementes armados, não enxergam, não vêem, não ouvem...Não fazem nada.
O dia termina e sem vida estão trabalhadores e as suas crias. Não há o que sorrir, tão pouco o que animar. Mas basta haver um carnaval montado. Ficamos feitos imbecis. Rogando a Deus de braços cruzados, na espera talvez do juizo final, enquanto a Tv, que não falta em casa, anuncia que subiu o preço do pão Francês.
E nós mais uma vez,no amanhecer do novo dia,após o carnaval,cansados, somos outra vez o freguês.