A solidão parece acompanhar a espreita, esperando a noite se agasalhar nos cantos, enquanto a cabeça adorna-se sobre o silêncio, em seu leito.
Na sala, no quarto, em qualquer mundo lateja a paixão, me deixa inquieto, desasossega os olhos, pressiona o tempo e amarga a alma.
Então me pergunto solitário, porque ficas tão distante? Não me procuras, tão pouco sentes falta. E entre as icógnitas do destino, vislumbro um pranto frio e mergulho num vazio, distante dessa realidade. Na verdade perco a sanidade, perco as honras, fico de nada... Nem a tua caridade faz vez aos meus sombrios dias. E outra vez me pergunto porque não liberta-me desse veneno, que incrustra as minhas razões nessa vida. Por que teimas em mencionar o meu nome, porque ousas beijar-me a boca, em horas fúteis?