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Poesias-->NO CORAÇÃO DA MÃE TERRA -- 13/04/2000 - 10:31 (sidney pires) |
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NO CORAÇÃO DA MÃE TERRA
(O que não faz pelo filho, um terno coração de mãe)
Entre as minhocas fartas, deste chão duro e frio,
Em que me transmuto e me fermento
Distanciado do abrigo e dos amigos
Morrem-me todos os sonhos de grandeza
E as tolas ilusões que sempre carreguei comigo
O que vai ser agora da placa de “DR.”,
Estratégico troféu sobre o chão da mesa,
Ostensivamente usado com tanto furor?
E a nobresbelta mansão minha, com piscina,
Em qual dos bolsos, desta derradeira calça,
Irei carregá-la cá dentro da colina?
E os aromas dos meus cheiros, importada loção,
Associados às doze plásticas corretivas
Como ficarão após toda essa fermentação?
E os meus tantos talões de cheques, chiques e fundos,
Arrimo da badalação, estilo do homem moderno,
Será que arrimam coisa alguma neste novo mundo?
E o casaco de Vison, a exuberante Ferrari,
Dentro dos meus seletivos muros, confortavelmente circulares,
Como fazê-los constar deste meu solitário safari?
E enquanto sigo ruminando entre as minhocas fartas
Cinco palmos de terra abaixo de ledos enganos
Cinco palmos acima dos tolos humanos conceitos
As cinzas boas de anônimo e doce preto velho
Se aconchegando às minhas, põe por terra fósseis e preconceitos
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