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Poesias-->PATÉTICO -- 30/11/2001 - 10:59 (José Reynaldo Galasso) |
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PATÉTICO
Foi patético.
Não se trata de ser
Ou não ser ético,
Pois o amor, a paixão,
Movem, além do coração,
As mãos
A escrever
Versos de rir
E de doer
Ao dormir,
Ao amanhecer.
Não se trata de julgar.
Não se julga o luar
Ou a chuva que cai
Molhando o chão
Ou a lembrança que vai
Preenchendo os vãos
Da existência que são
Como pequena falha
Numa canção
Que não atrapalha.
Agora você sorri
Mas naquele momento
Bem que eu vi
Seu deslumbramento,
Sua esganação,
Seu ritmo acelerado,
Seu bater descompassado,
Bendito coração!
Quem irá ler
Estes versos de nada
Prenhes de madrugada,
De neblina a escorrer?
Quem se dará conta
Desta alma que tonta
Anda pelas curvas da vida,
Desta dor que dói dolorida
Enquanto se reza
Uma reza comprida
Na noite sem sono
Em suave abandono?
Mesmo patético,
Foi poético.
BSB10082001
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