Silenciosamente entre as nuvens, pelo último pipilar dos pássaros, desperta nua... Lua.;
Entre os galhos calmos.;
Por entre o leito do rio calado nasce tão linda...
Nua.;
Lua.
O ventre que te inveja.;
Os olhos que te procuram.;
A flor que te sonha, ilumina madona...
Amantes que te ofertam.;
Amores que te juram. Tão confidentes...Lua.
A saudade que te deleita, às lágrimas que te cultuam, sinuosa lua.
Como pude negar-te a voz.;
Como pude deixar-te a sós, nessa agonia.
Agora sob a sombra da luz, ânsias, sofrimentos e amarguras tardiam a poesia que eu deveria fazer à você. E só fiz quando resolvestes partir. Partir, partir.
Deixando-me aqui a ver-te longe, divinamente bela, sem a musa que se encerra.