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Poesias-->UMA CARTA INACABADA -- 03/12/2001 - 17:03 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
UMA CARTA INACABADA





Querida!

É manhã ensolarada, no momento em que te escrevo

Ouço o cantar da passarada, vou à janela ver o enlevo.

O sol por entre as montanhas, a úmida e verde mata

Os cisnes, com suas manhas, deslizam em lagos de prata.



As nuvens claras, qual cristais, unidas, passeiam sorridentes.

E os peixes, nos lagos, freqüentes, promovem remoinhos ovais.

Um rio sereno segue a sua rotina. Despede-se da serra em que nascera,

Indo beijar o mar, detrás da colina. Mar que sempre bem o recebera!



No campo, já um galo, ali estava. Tinha acordado, talvez, naquele instante.

E batendo as asas ele cantava, por certo ao seu amor distante.

O cantar daquele pequeno ser tira-me do espasmo em que me encontrava,

E tudo quanto fitava, passou de ti lembranças ter.



Que bom que assim fosse...Que bom seria!

Se o nosso amor tivesse o fundo musical dos pássaros na mata, em cantoria !

Tudo natureza, tudo em harmonia !



Que bom que assim fosse...Que bom seria !

Numa paixão aumentada dia a dia, o sol ardesse em nosso corações,

Com beijos úmidos como as matas dos sertões !



Que bom seria !

Se teus cabelos louros deslizassem, pelos meus, num singelo afago

E os meus olhos, como calouros, te apreciassem tal qual os cisnes do lago.



Quem bom que assim fosse. Que bom seria !

Se pudéssemos passear com alegria, outra vezes, de mãos dadas.

Tal qual as nuvens das manhãs ensolaradas!



Queria ser aquele rio...e pronto !

E tu o mar que ele espera.

Atravessando a mais árdua cratera, iria feliz ao teu encontro !



Mas... na penúltima carta ela foi sincera. E por isso a venero.

Há outro rio, não me lembrava.

Vai ficar na lembrança quem eu amava.

Mas outra carta ainda espero.





Domingos Oliveira Medeiros

03/12/2001

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