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Poesias-->OCASOS INTERROMPIDOS -- 03/12/2001 - 17:22 (José Reynaldo Galasso) |
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OCASOS INTERROMPIDOS
Sob o peso de ocasos interrompidos
Caminho.
Ouço apenas o som dos meus passos
Solitários.
Moças brancas e ingênuas
Ainda escrevem diários –
Ingênuos confessionários?
Batem os sinos das igrejas
Em silentes campanários?
Os homens ainda criam
Melodiosos canários?
Apresso o passo atrasado a fim
De cumprir horários.
Mas não era isso que eu queria,
Muito pelo contrário.
Livros e segredos guardam os meninos
Em seus armários?
Sob o sol do ocaso dourado e rubro
A pele do meu rosto não cubro.
Sinto a brisa suave e fria
Que refresca a tarde.
Homens morrem nos hospitais
Na penumbra sem alarde.
O sol se põe calmamente
Enquanto bebe o bêbado
A sua aguardente.
Voando baixo passa a cotovia –
Poema alado a enfeitiçar
O final do dia.
BSB
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