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Poesias-->VENDO A VIDA -- 06/12/2001 - 09:53 (Lia Santos) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A mulher parada na praça chorava convulsivamente.

Era o menino aleijado, dormindo.

Era o casal se amando no escuro.

A fumaça dos carros, rugindo.

As flores desabrochadas.

A mulher chorava copiosamente.

A mãe amamentado o filho.

A mulher bêbada jogada no banco.

A lua cortejando as estrelas.

As luzes nos prédios acesas.

A mulher chorava, e soluçava.

A menina vendendo o corpo.

A brisa remexendo os cabelos.

O senhor alimentando os pombos.

A música no bar dos estudantes.

E a mulher não continham os soluços de pranto.

Os jovens cheirando cola.

As crianças brincado de roda.

Mariposas procurando alento.

E o vendedor de pipocas.

Chorava porque não eram coisas.

Era alma.

Chorava porque via a vida

Pela primeira vez como um milagre,

Algo fantástico que desconhecemos.

E ignoramos.

Chorava porque estava viva.

Estava feliz e estava triste.

Vivia e via a vida.

A vida estava na praça.

E a mulher era vida na vida.

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